

Caapeba-do-norte, planta da Amazônia, ajuda no combate à malária
Mais de 15 espécies de plantas da região estão sendo pesquisadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Entre as plantas mais promissoras está a caapeba-do-norte ou pariparoba. Foto: Divulgação/Acervo pesquisador
MANAUS - Novas substâncias capazes de matar os parasitas da malária são estudadas por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). As pesquisas são desenvolvidas a partir de substâncias bioativas isoladas em mais de 15 espécies de plantas da região amazônica. Entre as mais promissoras está o 4-nerolidilcatecol (4-NC), extraído da Piper peltatum, planta medicinal popularmente conhecida como caapeba-do-norte ou pariparoba.
A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium. A transmissão é realizada pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles, que introduz no sistema circulatório do hospedeiro os micro-organismos presentes na saliva, os quais se depositam no fígado onde maturam e se reproduzem.
Nome científico: Piper umbellatum L.
Família: Piperaceae.
Sinônimos botânicos: Heckeria sidaefolia (Link & Otto) Kunth, Heckeria subpeltata (Willd.) Kunth, Heckeria umbellata (L.) Kunth, Lepianthes umbellatum (L.) Ramamoorthy, Peperomia sidaefolia (Link & Otto) A. Dietr., Peperomia umbellata (L.) Kunth, Piper dombeyanum (Miq.) C. DC., Piper postelsianum Maxim., Piper sidaefolium Otto, Piper subpeltatum Willd., Piper umbellatum var. subpeltatum (Willd.) C. DC., Pothomorphe alleni Trel., Pothomorphe dombeyana Miq., Pothomorphe sidaefolia (Kunth) Miq., Pothomorphe subpeltata (Willd.) Miq., Pothomorphe umbellata (L.) Miq., Pothomorphe umbellata var. cuernavacana (C. DC.) Trel. & Yunck., Pothomorphe umbellata var. glabra (C. DC.) Trel. & Yunck.
Outros nomes populares: aguaxima (no nordeste), caapeba, caá-peuá, caena, capeba, capeba-do-campo, capeba-do-norte, catajé, lençol-de-santa-barbara, malvarisco, manjerioba, pariparoba, pariparoba do mato, pariparova, periparoba.
Constituintes químicos: óleo essencial, compostos fenólicos, esteróides, mucilagens, chavicina, pariparobina, jamborandina, piperatina, piperina.
Propriedades medicinais: anti-reumática, antianêmica, antiespasmódica, antigonorréica, antiinflamatória, colagogo, desobstruente, desopilante do fígado, diurética, emoliente, estomáquica, febrífuga, hemorróidas, laxativa, sudorífera, tônica, vermífuga.
Indicações: afecção do fígado e baço, anemia, atonia do estômago, azia, digestão, distúrbio renal, erisipelas, escrofulose, febre, fermentação intestinal, furúnculo, gastralgia, hepatite, ingurgitamento do fígado e do baço, lavar ferida, malária, moléstias crônica do fígado, prisão de ventre, resfriados, reumatismo, tumor.
Parte utilizada: folhas, raízes, cascas do tronco, sementes.
Contra-indicações/cuidados: em dose acima da indicada pode provocar náuseas, vômitos, cólicas, diarréia, pequena elevação de temperatura, cefaléia, tremores nos membros que podem evoluir até a paralisia, erupções urticosas na pele, aumento da diurese.
Doses muito acima do normal pode causar inflamação colecistica e pielorenal, dores nas regiões, hepato-vesicular, lombar e vesical, ematuria, presença de cristais de oxalato, uratos, de bile e de alguns resíduos celulares, sedimentos e resina na urina.
Modo de usar:
- infusão ou decocção de 30grs de folhas em 750 ml de água. Tomar 3 xícaras, das de chá, diariamente: insuficiência hepática, atonias do estômago, hepatite, diurético (no caso de anúria), gonorréia;
- pó das folhas, Tomar até 2 g por dose, duas vezes ao dia.
- decocção das raízes: estimulante digestivo;
- folhas cozidas como cataplasmas: lavagem de feridas, diminuir o inchaço de erisipelas, furúnculos, tumores, feridas, hemorróidas, filárias, machucaduras;
- infusão ou decocção de folhas e raízes: malária, afecções do baço, fraqueza estomacal, gases, fermentação intestinal, prisão de ventre, resfriados, febres, anemia, escrofulose (tumores ganglionares de origem tuberculosas);
- infusão ou suco: 1 colher das de sopa das folhas em ½ litro de água: insuficiência hepática;
- vinho: macerar 2 colheres das de sopa de raiz em 1 garrafa de vinho branco por 15 dias. Tomar 1 cálice antes das principais refeições como estimulante da digestão;
- linimento: sementes trituradas com óleo de linhaça. Fazer aplicações tópicas sobre furúnculos e abscessos;
- decocção de casca do tronco: afecções respiratórias;
- decocção de raízes: febres, distúrbios gástricos, debilidade orgânica e afecções urinárias;
- suco: uso tópico sobre queimaduras.
- folha: preparar "charutos" recheados com carne, cenoura e temperos;
Algumas espécies do gênero: Piper.
Chá de erva é nova descoberta para tratar malária
A novidade foi divulgada agora nesse mês de abril por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o Inpa. a descoberta está sendo desenvolvida à partir de substâncias bioativas encontradas em mais de 15 espécies de plantas da região amazônica. Elas são capazes de eliminar parasitas da malária. Uma das substâncias que apresentaram melhores resultados foi uma planta medicinal conhecida na região como "caapeba-do-norte ou pariparoba. A erva é consumida em forma de chá para o tratamento não só da malária, mas também de outras enfermidades como febre, picadas de inseto, infecções urinárias e problemas digestivos.
A malária
É uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles, que introduz no sistema circulatório do hospedeiro os micro-organismos presentes na sua saliva, os quais se depositam no fígado onde maturam e se reproduzem. Desde 2000, os pesquisadores do Inpa realizam estes estudos, por meio do grupo de pesquisas do Laboratório de Princípios Ativos da Amazônia (Lapaam), coordenado pelo pesquisador Adrian Martin Pohlit, juntamente com o Laboratório de Malária e Dengue, tendo à frente o pesquisador Wanderli Pedro Tadei, em parceria com a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas.
Pariparoba – Propriedades Medicinais
Piperaceae é uma família de plantas Magnoliídeas, que inclui as diversas variedades de pimentas. É predominantemente tropical, e inclui de cinco a oito gêneros e aproximadamente 2000 espécies (quase todas incluídas em Piper e Peperomia). No Brasil ocorrem cinco gêneros e aproximadamente 500 espécies. Pertencem a esta família algumas plantas utilizadas como medicinais, como a pariparoba ou caapeba (Pothomorphe umbellata) e o falso-jaborandi (Piper spp.), além de plantas condimentares, como a pimenta-do-reino (Piper nigrum). Algumas espécies de Peperomia são utilizadas como ornamentais, em canteiros ou em vasos como planta pendente ou ereta, com nome popular igual ao do gênero. Esta é uma família bastante comum nas formações florestais brasileiras, particularmente na Mata Atlântica, onde espécies de Piper são pequenos arbustos ou árvores, sublenhosos, comuns no subosque, principalmente em áreas relativamente alteradas, facilmente reconhecidos mesmo em estado vegetativo, pela presença de nós foliares geniculados e folhas geralmente com base bastante assimétrica. Peperomia, neste mesmo ecossistema, é um dos principais elementos entre as epífitas, sendo plantas geralmente carnosas..(Fonte: Wikipedia)
Pariparoba
Pariparoba
Nomes Populares:
aguaxima,
caapeba,
caá peuá,
caena,
capeba,
capeba do campo,
capeba do norte,
catajé,
lençol de santa barbara,
malvarisco,
manjerioba,
pariparoba,
pariparoba do mato,
pariparova,
periparoba.
Propriedades:
É antiespasmódica,
antiinflamatória,
desopilante do fígado,
diurética,
laxativa,
sudorífera,
tônica,
vermífuga,
Trata as afecções do fígado,
do baço,
atonia do estômago,
Auxilia em casos de anemia,
a digestão,
Alivia a azia
Precauções:
Não é indicado para gestantes e lactantes.
Em doses altas, podeter efeito contrário, aumentando o desconforto.